Poesia
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"Entre
as junturas dos ossos, de Vera Lúcia de Oliveira, aborda com sensibilidade
todos os sentidos e até busca um novo sentido para dar conta de outras
sutilezas. "Dei para pisar no rangido dos ventos", um dos versos do
livro, mostra a leveza de sua escrita. Os poemas oscilam entre a simplicidade e
a apresentação de breves enigmas. O leitor precisa aproximar-se com atenção
para descortinar outras faces da poesia, mas em compensação ele entra em
contato com a intensidade lírica." (Ira
Maria Maciel, in Revista Brasileira de Educação, vol.12 no.36, Rio
de Janeiro, Sept./Dec. 2007 "Entre
as junturas dos ossos, da paulista Vera Lúcia de Oliveira (mas que vive na
Itálía), descontrói o cotidiano para dar conta de todas as vidas presentes na
memória, num sentimento de espanto porque as coisas fraturam em muitas
dimensões, e em territórios do que é impossivel dizer para dizê-lo mesmo
assim: o que é a culpa? senão a mão que não existe mais e aguilhoando o
mesmo cão senão o olho desse cão que não existe abocanhando a mesma mão. (Maria Lúcia de Amorim Soares, in Revista Brasileira de Educação, vol.9 n.1, Sorocaba, SP, pp.145-147, Maio 2007) Entre as junturas dos ossos
Neste livro de poemas, a poeta Vera Lúcia de Oliveira, em suas próprias
palavras, nos oferce um convite a mergulhar no que há de mais íntimo e
intrínseco dentro de cada um de nós. É uma viagem pela memória, a infância
que cada um conserva, a imagem de manhãs e tardes nas quais sentíamos a vida
dentro de nós sem que tivéssimos, muitas veses, noção e percepção
desse milagre divino. E, como a poesia concentra significados, cada palavra no
texto tem seu peso específico, é feita de cocretude e pesa como a coisa que
ela representa. Tem cheiro, sabor, range, geme, uiva, fala, ás veses rasteja
como na página como um bicho, esbraveja como uma pessoa ferida, ilumina como
uma lâmpada, chora como um luto ou rasga a casca da semente, que é de som e
ao mesmo tempo não é. O que está entre as junturas dos ossos é o que temos
de mais profundo no corpo vivo, onde as palavras viajam, na profundidade da
terra, das plantas, dos bichos e das pedras. (Vinicius Mizejeski, 21 de abril de 2012, http://vmizejeski.blogspot.it/2012/04/um-livro-de-poesias.html) Inizio pagina corrente Critica Poesia (by Claudio Maccherani ) |